Fonte: Correio Braziliense
Em entrevista ao Correio, Rudolf Schenker, guitarrista da banda alemã Scorpions, comentou que, ao vivo, sua banda funciona como um time de futebol. A comparação faz sentido. E os 12 mil brasilienses que passaram pelo Ginásio Nilson Nelson na noite de quarta-feira sabem bem o porquê. A interação entre os músicos é muito bem ensaiada e ao mesmo tempo espontânea — e, nos melhores momentos, leva a “torcida” ao delírio. Talvez seria até o caso de compará-los não a uma equipe de futebol, mas aos Globetrotters, o supertime de basquete que faz de suas aparições em quadra um verdadeiro espetáculo.
O show teve início às 22h35, um hora depois do fim da apresentação da banda gaúcha Tierramystíca (não anunciada na divulgação do evento). O heavy metal com influências de sonoridades latinas dos brasileiros empolgou parte do público, em especial quando eles tocaram Fear of the dark, do Iron Maiden.
A pista, as cadeiras e as arquibancadas do ginásio estavam lotadas de fãs, gente de todas as idades — prova incontestável de que a popularidade dos Scorpions atravessou gerações. O produtor de eventos Telmo Ribeiro, 45 anos, foi com os filhos Frederico, 19, e Gabriel, 11. “Foi meu pai quem nos apresentou a banda, com os discos dele”, contou Frederico. “Eu conheço Scorpions há pouco tempo”, revelou Gabriel. “Vou ouvi-los de verdade agora”, disse o menino minutos antes da apresentação.
O atraso para o começo do show se justifica, em parte, pela dificuldade de utilizar os canhões de luz localizados na arquibancada superior. Cercados pelas pessoas, os equipamentos não poderiam ser manipulados e a produção teve, por duas vezes, que pedir a compreensão do público para se afastar. Com o problema resolvido, a banda entrou em cena sob aplausos e gritaria dos presentes.
No telão de led, vídeos e imagens do próprio show foram exibidos. O repertório mostrado ao longo das quase duas horas de apresentação foi tirado dos discos Sting in the tail, lançado este ano (se a aposentadoria da banda realmente se confirmar, seu derradeiro trabalho de estúdio), Lovedrive (1979), Animal magnetism (1980), Blackout (1982), Love at first sting (1984) e Crazy world (1990). Ao todo, a banda mostrou 16 músicas, além de solos do baterista James Kottak e do guitarrista Matthias Jabs. Todas as músicas, inclusive as dos disco novo, foram cantadas com entusiasmo. Claro que durante as baladas Wind of change e Still loving you a comoção foi ainda maior.
Ouvir essas faixas ajuda muito a entender a sonoridade pesada que seria feita nos anos 1980, das banda da New Wave of British Heavy Metal ao Guns N’ Roses. Ali, diante do público, estava o material bruto, sem afetações, do que é feito o metal.
Competência
No palco, o grupo mostrou muita competência musical e um fôlego inesgotável. O baixista Pawel Maciwoda é o mais discreto. Os guitarristas Matthias Jabs e Rudolf Schenker, o vocalista Klaus Meine e o baterista James Kottak disputam os olhares da plateia se mexendo sem parar e com palavras gentis ao microfone (“Amamos vocês, Brasília!”, disparou o vocalista).
Eles dominam os truques, os movimentos e as posições de palco para causar um grande efeito. E ,por mais que façam isso em todos os shows, vale ressaltar o quanto tudo soa sincero, verdadeiro. Um bom exemplo disso é Kottak, o carisma em pessoa. Depois de um solo com um medley passando por diversas músicas da carreira da banda, o baterista vira de costas e mostra sua camisa onde se lê: You kick ass! (“Vocês detonam”, em tradução livre). O público, claro, responde, à altura, fazendo muito barulho.
O Scorpions demorou algumas décadas para vir a Brasília. Uma espera que foi recompensada à altura do amor dos fãs pela banda na noite de quarta.
O show teve início às 22h35, um hora depois do fim da apresentação da banda gaúcha Tierramystíca (não anunciada na divulgação do evento). O heavy metal com influências de sonoridades latinas dos brasileiros empolgou parte do público, em especial quando eles tocaram Fear of the dark, do Iron Maiden.
A pista, as cadeiras e as arquibancadas do ginásio estavam lotadas de fãs, gente de todas as idades — prova incontestável de que a popularidade dos Scorpions atravessou gerações. O produtor de eventos Telmo Ribeiro, 45 anos, foi com os filhos Frederico, 19, e Gabriel, 11. “Foi meu pai quem nos apresentou a banda, com os discos dele”, contou Frederico. “Eu conheço Scorpions há pouco tempo”, revelou Gabriel. “Vou ouvi-los de verdade agora”, disse o menino minutos antes da apresentação.
O atraso para o começo do show se justifica, em parte, pela dificuldade de utilizar os canhões de luz localizados na arquibancada superior. Cercados pelas pessoas, os equipamentos não poderiam ser manipulados e a produção teve, por duas vezes, que pedir a compreensão do público para se afastar. Com o problema resolvido, a banda entrou em cena sob aplausos e gritaria dos presentes.
No telão de led, vídeos e imagens do próprio show foram exibidos. O repertório mostrado ao longo das quase duas horas de apresentação foi tirado dos discos Sting in the tail, lançado este ano (se a aposentadoria da banda realmente se confirmar, seu derradeiro trabalho de estúdio), Lovedrive (1979), Animal magnetism (1980), Blackout (1982), Love at first sting (1984) e Crazy world (1990). Ao todo, a banda mostrou 16 músicas, além de solos do baterista James Kottak e do guitarrista Matthias Jabs. Todas as músicas, inclusive as dos disco novo, foram cantadas com entusiasmo. Claro que durante as baladas Wind of change e Still loving you a comoção foi ainda maior.
Ouvir essas faixas ajuda muito a entender a sonoridade pesada que seria feita nos anos 1980, das banda da New Wave of British Heavy Metal ao Guns N’ Roses. Ali, diante do público, estava o material bruto, sem afetações, do que é feito o metal.
Competência
No palco, o grupo mostrou muita competência musical e um fôlego inesgotável. O baixista Pawel Maciwoda é o mais discreto. Os guitarristas Matthias Jabs e Rudolf Schenker, o vocalista Klaus Meine e o baterista James Kottak disputam os olhares da plateia se mexendo sem parar e com palavras gentis ao microfone (“Amamos vocês, Brasília!”, disparou o vocalista).
Eles dominam os truques, os movimentos e as posições de palco para causar um grande efeito. E ,por mais que façam isso em todos os shows, vale ressaltar o quanto tudo soa sincero, verdadeiro. Um bom exemplo disso é Kottak, o carisma em pessoa. Depois de um solo com um medley passando por diversas músicas da carreira da banda, o baterista vira de costas e mostra sua camisa onde se lê: You kick ass! (“Vocês detonam”, em tradução livre). O público, claro, responde, à altura, fazendo muito barulho.
O Scorpions demorou algumas décadas para vir a Brasília. Uma espera que foi recompensada à altura do amor dos fãs pela banda na noite de quarta.
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