terça-feira, 29 de novembro de 2011

Gotthard: primeira entrevista de novo cantor


Fonte: Whiplash!

A Radio Metal disponibilizou uma entrevista exclusiva com Nic Maeder, a primeira do novo vocalista do Gotthard.

Há alguns dias você era um completo desconhecido. Fale-nos sobre seu passado.

Fui um músico a vida toda. Comecei tocando piano, aos oito anos. Não gostei muito e desisti. Meu professor da época disse ao meu pai que provavelmente pegaria uma guitarra algum dia. E foi o que aconteceu. Logo depois comecei a cantar. Passei por muitas bandas e conciliava com empregos. Às vezes conseguia viver de música, mas não durava muito. Ano passado fazia shows acústicos em pubs na Austrália. Então comecei os testes para o Gotthard e aqui estou.

Você não sentiu pressão ao substituir Steve Lee? Não teve medo da reação dos fãs?

Sim, é claro. É preciso não pensar muito antes de tomar uma decisão dessas (risos). Isso me ajudou. É muito bom estar com os caras da banda. É como uma família, todos ficam juntos e enfrentam a pressão, o que facilita as coisas.

Acho que deve ser difícil substituir alguém que faleceu. Houve algum tipo de constrangimento nesse sentido?

Não, nem um pouco. A banda queria continuar de verdade, são apaixonados pelo que fazem. Fiquei muito feliz por me convidarem a fazer parte disso, é fantástico.

Qual foi seu nível de contribuição ao novo álbum?

Também sou compositor, então participei da criação de músicas e letras. Foi um trabalho compartilhado.

Freddy Scherer (guitarrista) nos falou há algumas semanas que uma das faixas será em homenagem a Steve. Quem escreveu a letra?

Leo (Leoni, guitarrista). Ajudei um pouco também, mas a ideia é toda dele.

Quais são os projetos agora? Dedicação total ao disco?

Começaremos a produção esse fim de semana. Esperamos que saia até metade do ano que vem, quando começaremos a turnê.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Bruce Springsteen: Novo Álbum e Turnê Mundial a Caminho


FONTE: Rolling Stones

Segundo o Site oficial de Bruce Springsteen, os boatos
de que ele faria uma turnê foram confirmados. A breve declaração diz que o músico fará uma turnê pela Europa a partir de maio a julho de 2012. Haverá também uma turnê americana, e claro, um novo álbum. O texto completo da nota segue abaixo:

"Bem, as coisas estão começando a esquentar com o E Street
Muitos de vocês tem ouvido que Bruce Springsteen e a E Street Band iriam entrar em turnê em 2012. Isso está absolutamente correto. As datas europeias já foram confirmadas para meados de maio até o final de julho e já estão sendo anunciadas. Informações sobre as datas nos EUA e as datas da turnê mundial serão divulgadas em breve.

Além disso, queremos que vocês saibam que as música estão quase prontas (mas ainda sem títulos), já estamos quase escolhendo uma data de lançamento (mas não é certeza ainda), mas todos estamos incrivelmente animados com o que estamos planejando para 2012. Isso é tudo que temos até agora, mas vamos voltar e dar mais detalhes - em breve".

Até agora, apenas quatro datas foram anunciadas.

21 de Junho: Stadium of Light, Sunderland, Inglaterra
22 de Junho: Etihad Stadium, Manchester, Inglaterra
24 de Junho: Isle of Wight Festival, Ilha de Wight, Inglaterra
14 de Junho: Hard Rock Calling, Londres, Inglaterra

Sebastian Bach: Confirmado Show No Brasil Em 2012


FONTE: Whiplash!

A produtora Dark Dimensions anunciou hoje, em sua página oficial no Facebook, o retorno de Sebastian Bach
(ex-Skid Row) ao Brasil. A única apresentação no país, está agendada para 14 de abril, no Carioca Club, em São Paulo.

Neste momento, o artista está em turnê pelos Estados Unidos promovendo seu mais recente trabalho de estúdio “Kicking and Screaming”, lançado
esse ano pela Frontiers Records.

A última vez que Bach veio ao Brasil foi como banda de abertura para o Guns ‘N’ Roses em 2010. A primeira passagem foi durante o
festival Hollywood Rock.

A produtora deve anunciar mais informações sobre a vinda de Sebastian Bach
ao Brasil em breve.

domingo, 20 de novembro de 2011

Van Halen: "Não Quero Mais Dramas", diz Ex-Baixista


FONTE: Whiplash!

Em entrevista ao Premier Guitar, Michael Anthony relembrou os tempos de Van Halen com menos amargura que o vocalista de sua atual banda. Confira alguns trechos. Há um rumor que você é o mais rico dos membros originais do Van Halen. É verdade? (Gargalhadas) Todos costumavam brincar que eu guardei o primeiro dólar que ganhamos juntos. Provavelmente é verdade. Mas quer saber? Minha esposa Sue e eu acabamos de celebrar 30 anos de casados. Deve ter algo a ver com isso, já que todos os outros se divorciaram – alguns mais de uma vez. Então, é claro que isso faz a diferença na poupança. Algumas pessoas dizem que o Chickenfoot está atrás de dinheiro, mas a verdade é que vocês não precisam tanto assim. Sammy Hagar recentemente faturou 80 milhões vendendo uma parte de seu negócio com tequilas. Ninguém precisa do dinheiro. Não precisamos provar nada a ninguém. Queremos ser uma banda divertida, relaxada e aberta. Como nos primeiros anos de Van Halen. Todos queriam dar o melhor e fazer ótimas músicas, sem pressões externas. Nesse ponto de sua carreira, você voltaria ao Van Halen? Estou muito feliz com a situação atual, quero apenas me divertir fazendo música. Não quero mais dramas, como quando saí do Van Halen. Prefiro não ganhar mais nenhum centavo, mas me divertir a me desgastar. Talvez aos 20 anos pensasse diferente, mas atualmente prefiro manter a sanidade.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Michael Schenker: Comentando Projeto Com Irmão, Rudolf


FONTE: Van Do Halen

Em entrevista à Classic Rock, Michael Schenker comentou a possibilidade de um projeto com seu irmão, Rudolf, após o fim do Scorpions. Vi você tocando com o Scorpions em Oklahoma. Seu irmão e você trocavam sorrisos entre as músicas. Mas nem sempre foi fácil assim. Não sei se ele compreende isso tanto quanto eu, mas temos visões diferentes das coisas. Quando tinha 16 anos ele já estava com 21. Mas eu já sabia o que queria, assim como ele. Meu foco era na guitarra, enquanto o dele era na banda. O engraçado é que, quarenta anos mais tarde, tudo segue igual. Por isso não fizemos nossa jornada juntos, como muitos gostariam. Era importante seguirmos caminhos distintos, seria uma tortura se tentássemos preencher nossas idéias juntos. Teríamos entrado em conflito.

Rudolf disse ano passado que haverá um álbum de vocês.
Sim e o motivo é porque atingimos nossos objetivos em nossas visões individuais. Agora podemos relaxar e fazer algo do tipo.

Zakk Wylde: Falando Sobre a Importância do Natal


FONTE:Whiplash

Em entrevista concedida à Gibson, o frontman da banda Black Label Society
, Zakk Wylde, comentou sobre o EP de Natal recém lançado pelo grupo, ressaltando também que o importante da celebração natalina não está simplesmente na religião.
"Independente disso, é preciso se importar com as pessoas que ama e ser caridoso. Meus pais fizeram Natais incríveis para mim e minhas irmãs. Faço o mesmo para meus filhos, cada ano é inesquecível".

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Van Halen: Banda Se Apresentará no Grammy 2012


FONTE: Whiplash!
Enquanto os fãs esperam e esperam e esperam por mais noticias sobre um novo álbum e turnê do VAN HALEN , o grupo permitiu que novas boas e relevantes vazassem. O Van Halen irá se apresentar na cerimônia de entrega do GRAMMY de 2012, que deve acontecer em Fevereiro de 2012.
O anúncio oficial deve ser feito no dia 30 de Novembro no show de Indicações do Grammy (Grammy Nominations Live! Concert -- Countdown to Music's Biggest Night) onde os indicados nas categorias principais serão revelados aos fãs. O especial irá ao ar (nos EUA) pela rede CBS, com apresentações programadas de Lady Gaga e Lupe Fiasco.
Fora isso, nenhuma novidade quanto ao novo disco do Van Halen, o primeiro a contar com David Lee Roth em 27 anos. Tudo que se sabe é que DEVE ser lançado durante o ano de 2012.

Axl Rose: “Tomo Muito Cuidado Com Minha Voz”


FONTE:NME

O vocalista Axl Rose afirmou na recente entrevista ao That Metal Show que toma cuidado com sua voz e que antes de cada show tem feito aquecimentos.
Na entrevista que irá ao ar dia 11/11, Axl foi elogiado pela sua performance no recente show em Miami e afirmou: “Eu tive uma boa noite. Não é uma anomalia, mas eu tive uma boa noite e tenho tomado cuidado com minha voz. Faço aquecimentos antes dos shows, faço aquecimentos após os shows, eu os faço religiosamente”.
Axl admitiu que teve dificuldades para executar algumas canções do repertório do grupo, por que elas foram gravadas em tons mais altos, fazendo referência à faixa “You Could Be Mine”. “A primeira vez que fui canta-la ao vivo eu pensei – O que eu fiz, agora tenho que cantar isso ao vivo”, disse.

FILHO DE OZZY OSBOURNE DECLARA: "MEU PAI VAI VIVER 900 ANOS"


FONTE: Cidade Web Rock

Ao ser entrevistado pela Star Magazine, Jack Osbourne contou um fato inusitado sobre a sua relação com o pai, Ozzy. Segundo a "cria" do músico, o "Príncipe das Trevas" é quase um imortal. "Ele sobreviveu a acidente de motocicleta, drogas, nada parece ter forças para matá-lo. Deve continuar por aqui até os 900 anos, reclamando e rindo de tudo. Sempre brincamos que ele vai viver mais que eu". Jack segue sua carreira no cinema preparando mais um filme de terror. Dessa vez, pretende usar músicas do Black Sabbath e de Ozzy solo na trilha sonora. Jack prepara um filme de terror, onde pretende usar músicas do Black Sabbath e de Ozzy solo na trilha.

W. AXL ROSE: "VOCÊS SÃO TODOS DESPREZÍVEIS" (PARTE IV)


FONTE: Whiplash!

“Como vocês sabem, Gilby foi despedido pelo menos três vezes pela banda no último mês e foi re-contratado pelo menos duas vezes,” escreveu Light no dia 14 de Abril em uma carta para a então advogada da banda, Laurie Soriano. Em junho, quando o disco solo de Gilby, ‘Pawnshop Guitars’ foi lançado, a posição dele ficou clara: ele estava oficialmente fora da folha de pagamento do GN’R, apesar do fato de Axl – junto com Slash e Duff – fazer uma aparição no disco de Gilby como convidado. Quando os royalties de ‘Spaghetti Incident?’ pararam de chegar periodicamente, Gilby instruiu a Light que processasse a banda. Mais uma vez, Axl lutou contra a ação inicialmente antes de eventualmente chegar a um acordo fora do tribunal com um pagamento não-revelado feito para o guitarrista;

Assistindo a tais acontecimentos de longe, Slash temia pelo pior. “Logo que eu voltei pra casa, eu montei esse estudiozinho invocado e me divertia. Eu não tinha nada em minha mente sobre sair da banda, era a banda que não estava funcionando. Matt ainda estava lá, mas Gilby tinha sido demitido, e Axl estava… por aí em algum canto.”

Quanto ao paradeiro de Axl, quando ele não estava consultando advogados a respeito à última ação em que ele tinha sido enrolado, ele estava obcecado com isso também. Ferido pela maciça rejeição do grunge aos preceitos que ele tinha como muito queridos – zoado por seus vídeos ‘conceituais’, ridicularizado por lançar dois discos duplos simultaneamente, desprezado por elementos de homofobia, racismo e machismo que poluíam suas letras, ainda que atribuídos artisticamente – ele foi esperto o bastante para perceber o quando fora de época o Guns N’ Roses repentinamente pareceu estar diante da força da mídia. Mais preocupado do que nunca com os danos feitos a sua imagem pelos processos de Erin e Stephanie, sem contar suas próprias arengas públicas com Steven, Izzy, Gilby e seu ex-empresário Alan Niven, pela primeira vez desde que ele tinha chegado a Los Angeles de Lafayette, Axl se viu perdido, puto com todo mundo, ainda que inseguro sobre como lidar com isso. Além de despedir Gilby, ele mandou embargar uma biografia da banda na qual Del James tinha estado trabalhando, ‘Shattered Illusion’, que deveria ter sido publicada pela [editora] Bantam/Doubleday em junho de 1995, e ele se retirou pra dentro do mesmo círculo de baba-ovos e assistentes pagos que tinham dado assistência a ele na turnê – James, seus irmãos Stuart e Amy, sua governanta Beta, o guarda-costas Earl, e o corpo de vozes de apoio, e Suzzy London e Sharon Maynard – fazendo soca em sua mansão em Malibu enquanto ele bolava sua próxima jogada. “A raiva de Axl quadruplicou da pessoa que eu costumava sair,” lembra Michelle Young, que se encontrou com ele por volta dessa época.

De acordo com Slash, foi ao que Axl começou a pensar em fazer seu próprio disco solo. Recém-obcecado com o som eletrônico do Nine Inch Nails – ele disse a amigos que ele adoraria ouvir o Nine Inch Nails fazer um cover de ‘Estranged’ – ele planejava escrever e gravar com um ‘time dos sonhos’ composto do líder do NIN, Trent Reznor, o guitarrista do Jane’s Addiction, Dave Navarro e o baterista do Nirvana, Dave Grohl. “Daí ele mudou de idéia,” diz Slash, ‘ e pensou, por que fazer um disco solo se ele poderia fazê-lo com o Guns N’ Roses… ’

Enquanto isso, a obsessão de Axl por música eletrônica continuava a crescer. O baterista do Metallica, Lars Ulrich se lembra dele elogiar o Nine Inch Nails antes de outros o fazerem. “Ele ficava dizendo, ‘Essa é a coisa mais legal que eu já ouvi’. E nós todos ficávamos lá dizendo, ‘do que caralho você tá falando? ’ Ele botou o Nine Inch Nails para abrir pro Guns N’ Roses na Europa e eu me lembro de ouvir sobre como eles foram vaiados até saírem do palco. Mas ele estava lá conosco quanto estávamos ouvindo Judas Priest.”

Slash, que não compartilhava das novas pretensões musicais de Axl, ocupava seu tempo “fazendo uns cem shows solo, apenas bares, e coisas com o Snakepit. Coisas com as quais eu jamais fiz um centavo. Quando eu voltei, eu pensei, ‘Perdi meu emprego diurno’. Eu estava frustrado, porque não tinha nada rolando. Mas eu fiquei na minha, e daí finalmente me desiludi com a coisa toda. E foi daí que comecei a pensar em fazer meu próprio lance de novo.”

Ele não era o único. Quando Slash foi convidado por Axl para juntar-se a ele e ao resto da banda no Complex Studios de Los Angeles em Agosto de 1994 para a gravação de ‘Sympathy for the Devil’ dos Rolling Stones, que deveria fazer parte da trilha sonora do então vindouro filme com Tom Cruise e Brad Pitt, ‘Entrevista com o Vampiro’, ele ficou chocado ao descobrir que Axl tinha mais uma vez agido por conta própria, dessa vez contratando um substituto para Gilby – Paul Huge, seu amigo das antigas de Lafayette.

Considerando que nenhum deles tinha sido consultado sobre a repentina contratação de Huge, nem Slash nem Duff se deram bem com o novo guitarrista. Como um amigo em comum lembraria depois, Huge era um ‘cara bom o suficiente’, mas como ele explica, ‘eles são o Guns N’ Roses, porra. ’ Huge simplesmente ‘não era tão bom’ e não tinha ‘pegada’. Ou como Slash descreveu depois, sem maneirar: ‘A meu ver, Paul é completamente inútil. Eu odeio aquele cara. Sinto muito, eu tenho certeza que ele é um cara muito legal, mas em um contexto rock n’ roll ele é patético. Quanto ao relacionamento dele com Axl, eles são garotos de Indiana, eu posso entender que ele se sinta confortável, mas eu me recuso a tocar com Paul de novo. ’

Apesar de nem Axl ter percebido isso, a antipatia para cima de Huge se tornaria o fio pelo qual todo o novelo da banda foi puxado, com Slash pondo Axl na posição onde ele mais ou menos tinha que escolher entre seu parceiro musical original e possivelmente mais importante, ou seu antigo colega de escola. Sentindo-se acuado, Axl fez o que ele sempre faz nessas situações e chutou o balde. Ele escolheu seu antigo colega de colégio.

Falando sobre o assunto quase oito anos depois, quando Huge também já tinha saído da banda, as lembranças de Axl sobre porque ele escolheu o guitarrista diferia das dos seus colegas de banda. “Na época,” ele insistiu, “Paul era uma das melhores pessoas que conhecíamos e que estava disponível e era capaz de complementar o estilo de Slash. Você poderia trazer um guitarrista melhor do que Paul. Você poderia trazer um monstro. Eu tentei colocar Zakk Wylde com Slash e não funcionou… Paul só estava interessado em complementar Slash, fazer a base pra um riff ou algo. Isso acentuaria ou encorajaria os solos de Slash.”

Slash afirma agora, entretanto, que ele decidiu sair da banda no dia que viu Huge no estúdio, dizendo que não conseguiu nem dormir naquela noite. “Eu estava suicida. Se eu tivesse uma arma comigo naquela época, eu provavelmente teria me matado. Se eu tivesse 15 gramas de heroína comigo, eu provavelmente teria morrido. Era pesado. Era uma lacuna na qual eu nunca tinha estado. De algum modo eu consegui voltar a dormir. Daí, quando eu acordei naquela manhã, eu tomei uma decisão. “No que então, eu senti o peso do mundo sair das minhas costas.”

Não era só Huge, ele diz agora; era o mal-estar geral que Axl tinha gerado na banda insistindo que eles tentassem uma direção mais contemporânea, pós-grunge, mais centrada no eletrônico. Nesse período, Axl tinha encomendado que uma estrutura enorme fosse construída no estúdio, repleta de mesas de sinuca, máquinas de fliperama e uma parede de equipamento novo. Além da presença de Huge nessas sessões, o principal problema, diz Slash, era que Axl estava agindo abertamente como um líder auto-proclamado. “Parecia uma ditadura. Nós não passávamos muito tempo colaborando um com o outro. Ele sentava numa cadeira, assistindo. Tinha um riff aqui e um riff ali. Mas eu não sabia no que ia dar.”

Depois de vários meses, Slash decidiu que já bastava. “Há um certo lado pessoal nisso também,” ele me disse. “Eu não sei qual é a do Axl. Talvez eu nunca tenha sabido. Quero dizer, Axl chegou com Izzy, eu vim cm Steven, e todos nos conectamos com Duff.” Com Axl agora encarregado sozinho, “eu percebi que estava sozinho, e isso significava que Axl tinha que chegar a um acordo com… não com nossa animosidade, mas termos uma opinião diferente sobre tudo. E você sabe, Axl trabalha tão duro quanto todo mundo, mas só no que ele quer trabalhar, e eu… eu simplesmente perdi interesse.”

Havia também o que ele chama de ‘amargura ao ponto da falta de gerenciamento’. No fim das contas, ‘tudo gira em torno disso: se eu não tivesse largado a banda, eu teria morrido, perdido sem nada pra fazer, nenhuma relação artística mútua, nada. O que eu digo é, eu tentei ficar, mas era como uma grande porta giratória, desde equipamento de alta tecnologia, guitarristas, todo tipo de merda rolando…eu só estava esperando a poeira abaixar. Eventualmente, eu pensei, nós nunca conseguiremos colocar isso na direção certa.”

Furioso com a decisão de Slash jogar a toalha, primeiro Axl tentou abafar o caso. Mas quando, em outubro de 1996, Slash fez uma entrevista online onde ele admitia que ‘agora, Axl e eu estamos discutindo o futuro de nossa relação’, Axl apressou-se em dar sua versão da história, primeiro mandando um fax para a MTV no dia 30 de outubro no qual ele sugeria que era decisão dele que Slash deveria sair da banda, o que ele tinha concluído desde 1995. Ele não conseguia mais trabalhar com ele, disse Axl, porque o guitarrista tinha perdido seu ‘ímpeto de cair pra dentro’.

“Axl tinha uma visão de que o GN’R deveria mudar e Slash tinha uma postura de que o Guns N’ Roses era a porra do Guns N’ Roses e isso é quem eles eram,” lembra Tom Zutaut. “Eu não acho que eles conseguiriam resolver seu problema de comunicação. Não foi anunciado publicamente a princípio porque ninguém queria dizer que a banda tinha se separado.”

Para Axl, entretanto, a decisão de Slash teve menos a ver com lealdade para comum lado ou outro, e muito mais com sua teimosia. Já discutindo quanto ao direcionamento musical que o próximo disco deveria ter, e depois rejeitando Huge como substituto de Gilby, Slash tinha questionado não somente a escolha de Axl, mas indiretamente sua autoridade. Tal qual muitos outros tinham descoberto antes, colocar Axl em uma posição onde ele estava sendo exigido a demover-se de uma de suas decisões unilaterais só poderia dar mesmo em uma coisa.

Falando sobre a dissolução para o site offcial do GN’R em 2002, Axl foi ainda mais direto ao assunto. “Originalmente eu queria fazer uma gravação mais ao estilo de Appetite,” ele explicou. “Então eu optei pelo que eu achei que faria ou deveria ter feito a banda, e especialmente Slash muito felizes. Mas me parecia que toda vez que nos chegávamos perto de algo que funcionava, não era por opinião que Slash dizia ‘Hey, isso não rola’, mas era limado justamente por funcionar. Em outras palavras, ‘Hey, peraí. Isso pode de fato dar certo, não podemos fazer isso’.”

Uma afirmação estranha de se fazer, já que sucesso não era algo do qual Slash tinha sabidamente se retraído anteriormente. Mas tal como Axl emendou: “As pessoas gostam de me chamar de paranóico. Isso não tem nada a ver com paranóia; tem a ver com realidade… Slash escolheu não estar aqui por causa de questões ligadas a controle. Agora as pessoas podem dizer ‘Bem, Axl, você está atrás de controle sobre a banda também’. Vocês são muito engraçados. Está certo. Eu sou o responsável desde o começo. Quando o assunto é Guns N’ Roses, eu posso não fazer tudo certo, mas eu tenho uma boa idéia sobre como levar as coisas do ponto A ao ponto B e sei o que é que temos que fazer.”

Kerry King: Maneira Certa de Balançar a Cabeça


FONTE: Blender

O site Blender.com entrevistou em 2006 o guitarrista do SLAYER, Kerry King. Alguns trechos da entrevista seguem abaixo.

Blender.com: O que você acha do atual estado do metal?

King: “Bem, está muito bom no momento. Nós, METALLICA e ANTHRAX viemos faz bastante tempo e ainda estamos por aí, mas existem um monte de novos garotos começando em alto estilo e trazendo coisas novas. Há realmente várias bandas boas, como LAMB OF GOD, CHIMAIRA, ARCH ENEMY e IN FLAMES. Existiam muitos pretensiosos quando nós chegamos, mas agora eles não estão mais por aí. O problema não era tocar ao vivo, mas a questão é que os garotos sabem o que é bom e quando se trata de um impostor.”

Blender.com: Como a vibração na cena do metal mudou nos últimos anos?

King: “Acho que na primeira vez que chegamos, eram provavelmente 99 por cento de homens. Agora, as mulheres podem dizer, ‘Que se dane, eu posso escutar Thrash se eu quiser. ’ As meninas perceberam que é mais seguro do que antes – elas não vão ser estupradas por alguma gangue no mosh pit ou algo do tipo.

Blender.com: Existe algum espaço no metal para máscaras ou maquiagem?

King: “Algumas pessoas fazem isso. SLIPKNOT – eu não tenho nenhum problema com eles pois usam as máscaras dentro do contexto, se você me perguntar. Se você gosta deles ou não, isso não afetará sua música. Quando eles aparecem na cidade, eles fazem um bom show. Eu mesmo iria vê-los. Se você está totalmente focado no que faz, não sou eu quem vai impedi-lo de fazer.”

Blender.com: Quão talentoso é Dave Lombardo?

King: “Você já viu o filme ‘The Natural’? (Nota do Editor: saiu no Brasil sob o título "Um Homem Fora de Série", e relata a trajetória de um jogador de beisebol com habilidades consideradas quase sobrenaturais). Aquele é o Dave. Ele não tem que tentar ser bom. Ele chega no lugar do show 10 ou 15 minutos antes de subirmos ao palco e ele não se aquece. Ele apenas sobe e faz isso, depois de eu e Jeff (Hanneman, guitarrista) termos aquecido por uma hora.”

Blender.com: Existe uma maneira certa de balançar a cabeça?

King: “Acho que todos possuem o seu próprio estilo, mas o meu é basicamente pra frente e pra trás. Desde que eu raspei a cabeça, eu faço o lance frente-pra-trás e de-um-lado-pro-outro, como um grande ‘sim’ ou um grande ‘não’.”

Blender.com: Você não precisa de cabelo comprido para fazer isso corretamente?

King: “Oh não. Se eu tivesse, eu estaria fodido.”

Blender.com: Falando sobre épicos, a arte da capa do novo álbum é incrível. Eu escutei que vocês possuem o original, e está num imenso bloco de madeira.

King: “Eu comprei isso de um pintor. Tem uns quatro pés por quatro pés. É gigantesco. Eu encontrei esse lugar chamado Rosemary’s Billygoat em Los Angeles, também. É como uma loja de coisas estranhas. Eu fui até lá e achei essa foto feito de arame. Tem algo como um pequeno crânio de animal com uma coroa de espinhos – é como se o arame fizesse a figura de Cristo. Nós temos uma música nova chamada ‘Skeleton Christ’, então eu tinha que ter isso.”

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

W. AXL ROSE: "VOCÊS SÃO TODOS DESPREZÍVEIS" (PARTE III)


FONTE: Whiplash!

Stephanie, entretanto, tinha suas próprias ideia sobre como lidar com Axl, e em meados de 1994, ela deu entrada num processo cível contra ele, visando compensação pela violência doméstica da qual ela tinha sido vítima. Axl ficou horrorizado com essa reviravolta nos acontecimentos. No coração dele, ele nunca tinha perdido a esperança de ter algum tipo de reconciliação com Stephanie. Esse processo mostrou a ele que era em vão. Para aumentar a pressão sob a qual ele se encontrava agora, quando Erin Everly se viu intimada a testemunhar no processo de Stephanie, ela decidiu entrar com sua própria ação legal, acusando seu ex-marido de agressão e abuso sexual.

De repente, tudo começou a ficar bem pesado para o vocalista. Uma coisa era ser humilhado por um ex-colega de banda, como ele se sentia em relação a Steven, e num grau menor, em relação à Izzy. Mas ter os detalhes mais sórdidos de sua vida pessoal discutidos abertamente era simplesmente muito pra ele. Especialmente quanto tais detalhes incluíam coisas como a ex-colega de apartamento de Erin, Meegan Hodges-Knight, testemunhando sob juramento sobre a ocasião na qual ela acordou à noite para ouvir Erin implorar a Axl, “Pare, por favor. Não me machuque, não me machuque,” enquanto Axl gritava impropérios para ela. “E de repente ele vinha e quebrava todas as antiguidades caras dela, e ela dizia, ‘por favor, não quebra isso, por favor’, e tentava tirá-las das mãos dele. E ele a empurrava e quebrava tudo que conseguia alcançar. Eu me lembro de dormir e acordar com cristal voando sobre minha cabeça, despedaçando-se no chão.”

Hodges-Knight, que estava namorando com Slash na época, lembrava-se de “pedir a Slash que fizesse algo, ou eu faria. Eu disse, ‘Eu tenho que fazer alguma coisa’ ou algo do tipo. E Slash dizia, ‘Não, você vai piorar as coisas’.” Ela também lembrou, em seu testemunho juramentado de como ela tinha testemunhado Axl chutar Everly e a arrastar pelo chão puxando-a pelos cabelos numa noite enquanto ela trajava top e calcinha transparentes. Ele em seguida jogou um aparelho de televisão contra ela, ela disse, que por sorte, não a atingiu, e depois cuspiu nela. “Aquele porco,” Meegan bradou. “Ele cuspiu nela.”

Em seu próprio testemunho, Erin afirmou que Axl abusou sexualmente dela, descrevendo em detalhes chocantes, uma ocasião quando ele primeiramente a mandou tirar um maiô que ela estava usando, amarrou as mãos dela aos tornozelos, por trás, colocou fita adesiva sobre sua boca e uma venda sobre seus olhos, e depois a levou, nua, em um armário onde ele a deixou imobilizada por horas. Ela disse que a certa altura ela conseguia ouvir Axl em outro cômodo conversando com um amigo em comum, alheio a seu sofrimento.

Quando Axl finalmente permitiu que Erin saísse do closet, ela disse, ele a pegou e pressionou-a de barriga para baixo numa cama. E ele então, ‘sodomizou-a arduamente. Muito arduamente.”

“Você estava gritando?” ela foi questionada.

“Sim.”

“Quanto tempo durou isso?”

“Eu não lembro”

“O que aconteceu quando terminou?”

“Ele tirou e enfiou na minha boca.”

Erin também afirmou que Axl acreditava que ela e Seymour tinham sido irmãs em uma vida passada e que agora estavam tentando matá-lo. Axl também havia dito a ela que “em uma vida passada nós éramos índios e que eu matei nossos filhos, e por isso ele era tão mau comigo nessa vida.” Ainda mais insolitamente, Erin disse que Axl havia dito que “Ele estava possuído” pelo espírito de “John Bonham”, o notoriamente louco baterista do Led Zeppelin que morreu durante o sono em 1980 após beber até desmaiar. Ela também disse que Axl em certa vez tirou todas as portas do apartamento de modo a observá-la onde quer que ela fosse.

Também veio à tona que em certa altura do período pelo qual estiveram casados, que Axl tinha sido ‘enganado’ quando tentou realizar um tipo de exorcismo, para limpar o casamento de suas energias negativas. “Envolvia principalmente um tipo de erva,” um Axl obviamente constrangido testemunhou. Um ‘trabalho em minha pele’, pelo qual ele disse que cobraram 72 mil dólares. ‘Eu acabei sendo roubado em muito dinheiro a longo prazo. ’

Esse tipo de exposição estava muito além do que Axl desejava, e apesar dele ter negado muitas das acusações, ele instruiu seus advogados a entrarem em acordo imediatamente, o que eles fizeram: um processo que viu a ex-Sra. Rose sair andando com um valor não-revelado, mas que acredita-se que passou de um milhão de dólares. Axl também ordenou a seus representantes que rapidamente coletassem todas as poucas cópias existentes de uma fita contendo a versão não-lançada do clipe de ‘It’s So Easy’ de cinco anos antes, que mostrava Erin amarrada em trajes de bondage, com uma bola vermelha enfiada em sua boca, enquanto Axl grita para ela: “Olha eu te batendo! Você vai ao chão!”

O caso de Stephanie se arrastou por consideravelmente mais – com Axl peticionando uma ordem restritiva a certo ponto alegando que ela tinha levado cocaína pra casa dele na presença do filho dela de dois anos, Dylan. Mas, mais uma vez, com Axl arisco a ter Stephanie jogando no ventilador os detalhes dos piores aspectos de seu relacionamento com ela – de acordo com um amigo íntimo, Axl também acreditava que ele e Stephanie tinham estado juntos em mais de 15 vidas passadas – ele eventualmente entrou em um acordo antes do caso ser julgado, concordando em pagar supostos 400 mil dólares. Mais uma vez, Axl negaria muito do que sua ex-amante afirmava, até mesmo que ele tivesse pago pra se livrar do caso. O advogado de Stephanie, Michael Plonsker, não confirmou nem negou a quantia, e limitou-se a dizer que o processo foi resolvido “amigavelmente.”

Nem Erin nem Stephanie jamais fizeram queixas-crime. O estrago estava feito, entretanto, e a história de suas ações conjuntas contra Axl chegaram à capa da revista People em 1995. Um mês depois de a revista ter publicado a história da prisão de OJ Simpson como seu indiciamento pelo suposto assassinato de sua esposa Nicole Simpson, a maioria das pessoas adotou uma visão firmemente distorcida desse caso de violência doméstica. Ironicamente, a própria Erin ainda parecia ter algum sentimento por seu isolado ex-esposo, admitindo: “Eu sentia pena dele” e “Eu achei que conseguiria melhorar as coisas.” Claramente, ela não conseguiu.

Quanto a Stephanie, ela casou com seu novo amante Peter Brant em Paris alguns meses depois, fazendo com que Axl sofresse ainda mais paroxismos de desespero. Jogando sal na ferida, Stephanie deu a luz ao primeiro de dois filhos com Brant logo depois, e eles continuam bem casados até hoje.

O caso de Stephanie se arrastou por consideravelmente mais – com Axl peticionando uma ordem restritiva a certo ponto alegando que ela tinha levado cocaína pra casa dele na presença do filho dela de dois anos, Dylan. Mas, mais uma vez, com Axl arisco a ter Stephanie jogando no ventilador os detalhes dos piores aspectos de seu relacionamento com ela – de acordo com um amigo íntimo, Axl também acreditava que ele e Stephanie tinham estado juntos em mais de 15 vidas passadas – ele eventualmente entrou em um acordo antes do caso ser julgado, concordando em pagar supostos 400 mil dólares. Mais uma vez, Axl negaria muito do que sua ex-amante afirmava, até mesmo que ele tivesse pago pra se livrar do caso. O advogado de Stephanie, Michael Plonsker, não confirmou nem negou a quantia, e limitou-se a dizer que o processo foi resolvido “amigavelmente.”

Nem Erin nem Stephanie jamais fizeram queixas-crime. O estrago estava feito, entretanto, e a história de suas ações conjuntas contra Axl chegaram à capa da revista People em 1995. Um mês depois de a revista ter publicado a história da prisão de OJ Simpson como seu indiciamento pelo suposto assassinato de sua esposa Nicole Simpson, a maioria das pessoas adotou uma visão firmemente distorcida desse caso de violência doméstica. Ironicamente, a própria Erin ainda parecia ter algum sentimento por seu isolado ex-esposo, admitindo: “Eu sentia pena dele” e “Eu achei que conseguiria melhorar as coisas.” Claramente, ela não conseguiu.

Quanto a Stephanie, ela casou com seu novo amante Peter Brant em Paris alguns meses depois, fazendo com que Axl sofresse ainda mais paroxismos de desespero. Jogando sal na ferida, Stephanie deu a luz ao primeiro de dois filhos com Brant logo depois, e eles continuam bem casados até hoje.

Era o começo do retiro de Axl do mundo. De acordo com a babá de Stephanie, Beta Lebeis, que foi trabalhar para Axl depois que o casal se separou, ele tinha ‘adoração por ela’. Apesar das terríveis discussões e brigas, quando Stephanie se mudou para Nova Iorque para ficar com Brant, Axl ficou completamente devastado. “Quando a banda acabou, ele achou que poderia ter uma família, ele se casaria e teria filhos. Essa seria a segunda parte da vida dele. Ele teria dinheiro suficiente e dedicaria seu tempo à sua família. Ele sonhava com uma família, filhos, tudo que ele nunca teve.”

Perder Stephanie havia destruído aquele sonho. “Axl é uma pessoa que quer fazer tudo do modo certo,” observou Beta. Ele era “aquele tipo de homem apaixonado que muitas mulheres gostariam de ter em suas vidas. Ele era como um príncipe encantado. Ele fez, por Stephanie, todo tipo de coisa que você poderia achar num livro de romance. Quando eles estavam quase rompendo, ele foi até a casa dela, andando a cavalo e carregando flores. As coisas que ele fez por ela só podiam ser vistas em livros de história antiga. O que ele fez não existe mais na vida real! Eu acho que muitas mulheres teriam adorado estar no lugar dela. Eu nunca deixaria um homem assim. Mas Stephanie é bonita e sexy; ela pode ter qualquer homem que desejar. Ela usa os homens como se fossem brinquedos.”

Beta emendou: “Você já viu um criança com um brinquedo novo? Daí ela brinca com ele e mais tarde não quer mais brincar. Eu sempre disse que ela poderia machucar Axl mais do que ela pensava. Outros homens que se apaixonaram por ela nunca sofreram como Axl sofreu. Ele queria fazer tudo certo, e ele realmente achava que tudo estava indo bem. Ele levou essa relação muito a sério. Ela quase o matou.”

Certamente, o conturbado fim de seu relacionamento com Stephanie Seymour pareceu trazer um capítulo significante da vida de Axl a um fim forçado. No dia 20 de janeiro de 1994, ele tinha sido um dos convidados para a entrada de Elton John para o Rock N’ Roll Hall OF Fame em Nova Iorque. Naquela mesma noite, ele cantou ‘Come Together’ com Bruce Springsteen. Seria a última apresentação que ele faria em público em seis anos.

Enquanto isso, com as vendas de ‘The Spaghetti Incident?’ despencando – ainda assim um sucesso disco de platina nos EUA, mesmo considerado um fracasso em comparação com as vendas monstruosas desfrutadas por seus antecessores – Slash passou as primeiras semanas de 1994 compondo, para o que seria ‘o verdadeiro novo disco’, recebendo um adiantamento da Geffen que se supõe que tenha sido de 10 milhões de dólares – grana de superestrelato.

Entretanto, quando ele apresentou suas novas ideias para novas músicas a Axl, o vocalista pareceu completamente cético. Com Axl agora no controle total do nome Guns N’ Roses, não havia muito que Slash ou qualquer um dos outros membros pudesse fazer para forçar a questão, então Slash pegou as músicas de volta e começou a trabalhar no que eventualmente se tornaria seu primeiro disco solo, ‘It’s Five O’Clock Somewhere’, creditado como sendo do ‘Slash’s Snakepit’ – uma banda com Matt Sorum e [o agora desacreditado, pelo menos sob os olhos de Axl] Gilby Clarke, junto com o vocalista Eric Dover [ex-Jellyfish] e o baixista do Alice In Chains, Mike Inez – que foi lançado em fevereiro de 1995. Mas não antes de Axl dar sua opinião. “Ele ameaçou entrar com um processo por causa do primeiro disco do Snakepit, ’ diz Slash agora, com a dor e a surpresa ainda em sua voz. “Ele não queria as músicas, mas ele também não queria que eu as tivesse. Como se ele fosse meu dono.”

Exatos três anos antes, Slash disse à Rolling Stone, “Nós realmente nos sentiríamos meio que perdidos e solitários se tudo ruísse e tivéssemos que fazer discos solo, porque não seria o Guns N’ Roses. Nenhum de nós conseguiria reproduzir aquilo. Axl tem tanto carisma – ele é um dos melhores cantores do ramo. É a personalidade dele. Ele pode ir e fazer algo. O que me apavora é que se a banda acabar, eu nunca vou conseguir me separar do fato que eu sou o ex-guitarrista do Guns N’ Roses. E é quase como vender sua alma.”

Agora, todavia, tanto ele como Duff – cujo disco solo, ‘Believe In Me’, com participações especiais de Slash, Gilby, Matt, Dizzy e Sebastian Bach, tinha sido lançado em outubro de 1993 – estavam se vendo forçados a fazerem justamente isso. A banda inteira estava do nada começando a se fragmentar em projetos paralelos. Até Gilby agora estava trabalhando em um disco solo. Gilby, na verdade, seria o próximo a sair quando Axl ordenou sua demissão sumariamente sem explicação alguma – ou consultar Slash ou Duff – em Março de 1994. Na verdade, Axl esqueceu até de comunicar Gilby. Quando seu salário parou de aparecer em sua conta bancária, ele ‘tomou aquilo como um sinal’, ele diz. Quando os pagamentos voltaram a ser feitos, entretanto, ele presumiu que ele tinha sido recontratado. Quando eles pararam de novo – e então começaram e pararam pela terceira vez, tudo num período de semanas – ele consultou seu advogado, Jeffrey Light.

[CONTINUA!]


W. AXL ROSE: "VOCÊS SÃO TODOS DESPREZÍVEIS" (PARTE II)


FONTE: Whiplash!

Outro detalhe revelador que emergiu do processo no fórum dizia respeito ao modo no qual a banda original de cinco membros tinha concordado em dividir seus lucros no grupo, isso ainda nos dias antes de terem se tornado tão espetacularmente bem-sucedidos. Depois de deduzirem a comissão do empresário, de 17.5 por cento, Axl descreveu como ele e Slash tinham criado uma fórmula bem peculiar para o rateio do resto do dinheiro. Durante a pré-produção de ‘Appetite’, ele disse, ‘Slash bolou um sistema para deduzir quem escreveu quais partes de uma música ou parte de uma música. Havia quatro categorias, creio eu. Eram letras, melodia, música – guitarras, baixo e bateria – e acompanhamento e arranjos. E nós dividíamos cada uma dessas categorias em vinte e cinco por cento. ’ Ele emendou: ‘Quando tínhamos terminado, eu tinha 41 por cento [dos rendimentos totais], e cada um deles tinha porções diferentes.’

Com o juiz calculando que a ‘porção diferente’ de Steven giraria em volta dos 15 por cento, o caso foi encerrado abruptamente seis semanas adentro dos testemunhos, quando no dia 24 de Setembro, Axl instruiu seus advogados a fazerem um acordo fora dos tribunais, concordando eventualmente em fazer um pagamento único em torno de 2.5 milhões de dólares a Steven, além de um acordo que cederia 15 por cento de todos os repasses de royalties relativos ao período no qual ele esteve na banda – ou seja, os dois primeiros discos. Steven agora diz que o cheque foi na verdade de US$ 2.25 milhões. “Não foi um acordo para me comprar. Era o que eles me deviam. E eu consegui meus royalties de volta.”

Apesar do dinheiro, ainda é motive de grande arrependimento para ele, diz Steven, que a banda original tenha acabado tão mal. “Eu me conheço, eu conheço Slash também, porque nós sempre falávamos sobre como poderíamos ser como o Aerosmith, como os Stones. Cara, eles estão juntos faz trinta, quarenta anos, porra.” Ele ainda disse que “a coisa mais dolorosa” tinha ocorrido ‘ao final do processo, quando todos os jurados me abraçaram e disseram ‘Boa sorte e se cuida’. Eles odiaram os outros membros do Guns N’ Roses. Quando eles estavam na cadeira das testemunhas, perguntavam pra eles, ‘Quantas vezes o senhor já teve uma overdose?’ e a resposta era vinte ou trinta vezes cada um. E ali estavam eles, expulsando esse cara legal que estava sob tratamento? Isso fez com que eles parecessem cuzões ainda maiores do que eram.”

Como já se previa, Axl ficou ultrajado com a decisão, sem conseguir admitir que Steven tivesse tido um papel fundamental na ascensão da banda ao estrelato. “Ele não escreveu nenhuma porra de uma nota em ‘Appetite’, mas ele me chama de fdp egoísta!” ele esbrevajou. “Ele tem conseguido viver daquele dinheiro, comprar uma caçambada de drogas e contratar advogados para me processar.” Ainda amargando até hoje os 15 por cento que o baterista recebe, agora se referindo ao acordo como ‘um dos maiores erros que eu já fiz na vida”, a perspectiva de Axl é que “ao longo do tempo, eu paguei por isso muito arduamente” por ter tido Steven Adler no Guns N’ Roses. Pode-se dizer que Adler também ‘pagou caro’ por estar na banda. Meses depois de seu acordo financeiro, ele teve uma overdose tão séria que desencadeou um derrame, deixando-o parcialmente paralisado. Além de sua banda ocasional, o Adler’s Appetite, com a qual ele toca intermitentemente hoje em dia, ele não tem feito nenhum trabalho sério – tampouco tem sido levado a sério – na indústria musical desde sua demissão em 1990.

Mas se Axl estava tendo seus problemas, o para o resto do Guns N’ Roses, dois meses depois de a turnê mundial ter finalmente acabado, estava de volta ao batente, como se costume, com Slash, em particular, agora trabalhando em músicas novas. Também havia o lançamento eminente de um novo álbum, intitulado ‘The Spaghetti Incident?’’, que chegaria às lojas em Novembro – uma incongruente e mal-recebida coleção de ostensivos covers de bandas punk que visava estabelecer as raízes da banda além de suas óbvias conexões com o heavy metal, mas que teve o efeito oposto, fazendo com que o grupo parecesse ainda mais fora de sintonia com a época do que seus similares do nascimento do grunge, agora chegando ao zênite com o então recente lançamento do novo e brutalmente descomprometido álbum do Nirvana, ‘In Utero’. Comparando, ‘The Spaghetti Incident?’ era uma compilação insatisfatória e confusa, desde seu título obscuro até a capa do disco – um close de um prato de espaguete enlatado. Tal como a [revista estadunidense] Rolling Stone apontou em sua resenha do trabalho, ‘o punk rock é às vezes melhor interpretado como um grito vigoroso de protesto contra a própria falta de poder, mas Axl não se conecta muito bem ao material punk rock em Spaghetti a não ser como um meio de pura agressão. Ele nem consegue xingar direito. ‘

Covers díspares de bandas óbvias como o The Damned [‘New Rose’] e dos Dead Boys [‘Ain’t It Fun’] com covers de grupos que não tinham nada a ver com o punk como o Nazareth [‘Hair of the Dog’] e, pra acabar, do The Skyliners [cujo sucesso de 1958, ‘Since I Don’t Have You’ se tornaria o próximo single da banda], enquanto não erraram o alvo por completo, demonstravam uma banda forçando demais a barra. Isso fica mais óbvio quando ele adota um sotaque cockney de fazer chorar ao estilo de Dick Van Dike para uma versão do clássico demente ‘Down On The Farm’ do UK Subs, mas ainda mais desastrosamente com a faixa final do disco original, uma versão de ‘Look at Your Game, Girl’, escrita originalmente pelo psicótico Charles Manson.

Acompanhado por seu jardineiro, Carlos Booy, no violão, ‘Look At Your Game, Girl’, era algo que Axl tinha gravado sozinho tarde da noite sem contar ao resto da banda. Encaixando-a no fim do disco como uma faixa bônus ‘escondida’ e não inclusa na lista impressa na parte de trás do encarte, ela era, na verdade, uma mensagem pessoal para Stephanie Seymour, com quem ele tinha rompido oficialmente enquanto os toques finais estavam sendo dados à mixagem em setembro de 1993, chegando ao ponto de retirá-la dos créditos dados a ‘parentes próximos’ no disco – apesar dele manter o nome do filho dela, Dylan. “A separação teve um enorme efeito sobre Axl,” um amigo comentaria depois. “Aquela foi a primeira vez na vida dele que ele teve estabilidade. E daí ele ficou sem nada.”

Por muitas vezes, Axl tinha aparecido no palco – e no vídeo de ‘Estranged’ – usando uma camiseta de Charles Manson, mas gravar uma das músicas do assassino condenado causou ainda mais indignação – não menos dentro da própria banda, que se viu no papel de marido traído enquanto os críticos comentavam a faixa. Apesar da promessa forçada do grupo de doar quaisquer lucros provenientes da música para o filho de uma das vítimas de Manson, o gracejo provocou boicotes a todos os produtos da [gravadora] Geffen. Claro que Axl não foi o primeiro astro do rock a se tornar infantilmente interessado pelo culto a Charlie Manson. Na Inglaterra, os auto-intitulados ‘terroristas da arte’ Psychic TV tinham vestido camisetas de Manson muito antes de Axl sair de Lafayette, indo ao ponto de borrar paredes de camarins com os mesmos slogans deixados em sangue nas paredes da casa da vítima de assassinato Sharon Tate. Nos EUA, os padrinhos do grunge, o Sonic Youth já tinha gravado outra música de Manson, ‘Death Valley 69’ [que também tinha a poeta do punk, Lydia Lunch]. Quando os Lemonheads gravaram ‘Home is Where You’re Happy’ de Manson, tempos depois, o vocalista Evan Dando afirmou que ‘Charlie era apenas um bom símbolo do começo de minha vida nos EUA, de como as coisas estavam ficando deturpadas. ‘

Gravar uma música de Manson não foi nada, entretanto, comparado ao ponto que o Nine Inch Nails chegou, para se ‘familiarizar’ com a ‘vibe’ de Manson, com o frontman Trent Reznor se mudando de fato para o endereço Cielo Drive # 10050 – o endereço do mais infame dos assassinatos da família Manson – com um estúdio móvel e gravando seu disco multi-platinado de 1994 ‘The Downward Spiral’ no local. “Todo mundo procura por um herói,” disse Reznor. Manson era simplesmente “o máximo em tabu em matéria de ícone.” Ou como Manson astutamente afirmou uma vez: “O mito de Charles Manson corrompeu mais mentes do que eu jamais fui acusado de tocar.”

No caso de Axl, ele inicialmente defendeu a escolha da música dizendo: “A música fala sobre como essa garota é louca e está jogando um jogo mental. Eu achei que era irônico que tal canção tivesse sido gravada por alguém que deveria conhecer as sinuosidades internas da loucura.” Foi uma decisão da qual ele acabaria se arrependendo, apesar de tudo. Falando com a Rolling Stone seis anos antes, ele anunciou que ele tinha recentemente decidido remover tanto ‘One In A Million’ e ‘Look At Your Game, Girl’ de todas as futuras cópias de seus respectivos álbuns. Não que ele estivesse pedindo desculpas, ele apenas achava que elas eram ‘facilmente mal-interpretadas demais’. Tendo dito isso, quase sete anos depois de tal afirmação, em uma simples navegada pelas páginas do [site musical] Amazon [em qualquer lado do Atlântico] revela que ambas as faixas ainda permanecem como parte dos dois discos.

O que Stephanie achou da canção jamais foi revelado. Mas é provável que ela não se importasse mais, de qualquer modo. A briga no Natal anterior tinha sido a gota d’água pra ela, e apesar da relação ter continuado à distância enquanto a banda estava na estrada durante o começo de 1993, quando Axl retornou a Los Angeles, Stephanie havia retomado sua carreira de modelo e começado secretamente a sair com o executivo milionário, e editor da revista Interview, Peter Brant. Uma reviravolta que incendiou Axl de tal modo que ele ordenou a seus empregados que obtivessem uma foto da esposa de Brant, Sandra, que ele levou até Yoda, de acordo com um ex-funcionário da Geffen, para ‘jogar um feitiço em Sandra para protegê-la de Peter, porque ele achava que ela também tinha sido chifrada como ele tinha sido, e ele tinha muita pena dela. ’

sábado, 5 de novembro de 2011

Jason Newsted: Tocando Em "Banda de Bar"?


FONTE: Whiplash!

Na semana passada, nós mencionamos como Jason Newsted, antigo baixista do METALLICA (N.T. e também do VOIVOD... reparem na munhequeira com a caveirinha desenhada pelo Away), ressurgiu recentemente com um projeto novo chamado Papa Wheelie (ugh, não me acostumo com esse nome terrível). A banda tocou em seu segundo show ao vivo neste fim de semana passado e naturalmente alguém estava lá para filmar, e os caras finos do Metal Insider acharam a filmagem abaixo. Na minha opinião, não é nada mau para uma "banda de bar", mas nada demasiado impressionante também. O que vocês acham?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Guns N' Roses: Ninguém Pode Acordar Axl Rose!


Fonte: Whiplash!

Axl Rose e sua banda estavam hospedados no Hotel Mondrian, em South Beach, Miami, no sábado. No entanto, Axl estava dormindo quando chegaram ao hotel, e como ele não gosta de ser acordado quando está descansando, continuou a dormir.
A medida que a banda chegou ao hotel, o trafego foi retido e um caminho foi liberado para que os roqueiros chegassem até seus quartos.

No entanto, os fãs perceberam que Axl não havia descido do ônibus e começaram a se perguntar, onde estaria Axl? Até que um segurança esclareceu tudo: "Ele ainda está dormindo no ônibus da turnê. Ninguém pode acordar Axl Rose quando ele está dormindo."

Algumas horas depois, Axl finalmente acordou. O vocalista foi visto "com os olhos turvos, mas bem descansado" ao deixar o ônibus e entrando no hotel.

W. AXL ROSE: "VOCÊS SÃO TODOS DESPREZÍVEIS" (PARTE I)


Fonte: LoKaos Rock Show

Trecho não-publicado de ‘W.A.R. – The Unauthorized Biography of William Axl Rose’, biografia de Axl Rose de autoria de Mick Wall, publicada em 2007. Traduzido com consentimento do autor por Nacho Belgrande para o LoKaos Rock Show.

Os seis meses finais da turnê mundial de dois anos e meio que o Guns N’ Roses havia iniciado em 1991 foram, sob muitos aspectos, os mais fáceis. Tendo voltado ao Japão, onde sua equipe fixa de 80 pessoas chegou na manhã de 11 de janeiro de 1993 – um dia antes do primeiro de três shows no futurístico Tokyo Dome – até Axl entendia naquela altura que não era prudente emperrar a estrutura da banda. No Japão, os shows – tal como muitas outras coisas – são eventos controlados rigidamente que começam e terminam de modo planejado. Diferentemente do hemisfério ocidental, aonde certo atraso é quase que esperado pelos maiores nomes da elite cultural-liberal, sejam eles da música, moda, cinema ou artes visuais, tal atitude no Japão mal é entendida, quiçá tolerada. Como resultado, o último trecho da turnê mundial começou com um início não-customeiramente organizado, com a banda chegando para a passagem de som às 2 da tarde no dia do show, e Axl pronto para subir ao palco às 06h40min da tarde em ponto. Começando com ‘Welcome to the Jungle’, a banda mandou um set de 18 músicas, o qual eles concluíram educadamente com Axl descendo para perto da platéia para distribuir rosas embaladas separadamente, uma a uma. Apesar dos pesados traumas emocionais pelos quais ele tinha passado em casa com Stephanie, ele ainda parecia contemplar um futuro com ela. Esse trecho final da turnê seria ‘só a nata’, com a banda reduzida a sua formação mais natural de seis pessoas, permitindo a eles que coletassem um baita pagamento depois do outro enquanto eles passavam por aquelas partes do mundo que ainda não tinham cansado deles.

Nos bastidores, contudo, algumas coisas nunca mudam. Axl tinha toda sua equipe de apoio com ele, incluindo áreas especiais da coxia para Suzzy London e Sharon Maynard e suas respectivas tropas de assistentes. “Elas tinham que acompanhá-lo até o Japão para certificá-lo de que as ondas de energia negativa não o pegassem lá,” um incrédulo ex-empregado explicou. Até aquele ponto, Axl tinha solicitado informações detalhadas sobre instalações nucleares no país – e a fonte de energia do Tokyo Dome em específico – antes mesmo de ele ter chegado ao país. Enquanto alguns membros da equipe fossem tolerantes a tais patacoadas esotéricas, outros eram profundamente céticos quando ‘às reais intenções de Maynard’. ‘Se fosse pra algum lugar exótico, maravilhoso ao redor do mundo, ‘as conselheiras’ geralmente tinham que ir a determinado ponto’ um ex-empregado contaria depois à [revista] Rolling Stone. “Mas se fosse pra ir até Kansas City, estava tudo perfeitamente bem.”

O resto do tempo da banda no Japão seguiu um padrão mais convencional, começando com uma grande festa depois do primeiro show no distrito de Reppongi chamado Lexington Queen – um ponto familiar para bandas estrangeiras de passagem pela cidade, freqüentado por modelos do ocidente trabalhando em Tóquio. No segundo show, no dia 14 de Janeiro, até mesmo Axl estava começando a sentir-se mais em casa, atrasando o show por uma hora e dedicando a música ‘Yesterdays’ a seu meio-irmão Stuart. Depois, ele e a banda se juntaram a Ronnie Wood, dos Rolling Stones, que também estava tocando na cidade aquela noite, na festa ‘after-concert’ dele no Lexington Queen. Na noite seguinte, Axl apresentou ‘Live And Let Die’ como ‘Live and Let Stir-Fry’. Wood, ainda circulando com Slash desde a noite anterior, juntou-se a eles no palco para uma extensa versão de ‘Knockin’ On Heaven’s Door’, que fecharia o show.

Duas semanas depois, eles estavam na Austrália, onde o show deles em Melbourne no enorme Calder Park Raceway Stadium no dia 1 de fevereiro bateu recordes nacionais de público. Três dias depois, eles estavam na Nova Zelândia, onde Axl e Duff comemoraram seus aniversários em uma festa de aniversário conjunta num restaurante de luxo com vista para o porto de Auckland. No dia 6 de fevereiro, data do trigésimo – primeiro aniversário de Axl, eles tocaram no Mount Smart Stadium de Auckland. No clímax de ‘November Rain’, uma dúzia ou mais de membros da equipe técnica entraram no palco para entregarem um bolo gigante a seu líder, no que Slash e Duff conduziram a platéia numa versão de ‘Feliz Aniversário’ enquanto Axl tentava parecer surpreso. Quinze dias depois, eles estavam de volta aos EUA prontos para começar o trecho ‘Skin and Bones’ da turnê, como eles o chamavam agora, com um show lotado no Frank Erwin Centre em Austin, Texas. Sem a seção de metais e vocalistas de fundo, o meio do show agora tinha uma seção acústica composta quase que inteiramente do lado dois do [álbum] ‘GN’R Lies’ – menos ‘One In A Million’, que nem mesmo Axl era louco para querer tocar ao vivo.

Claro, a turnê ainda tinha seus inesperados ‘atrasos’ e datas remarcadas nas coxas. Quatro shows coram cancelados logo no começo da turnê devido a ‘condições meteorológicas adversas’. Enquanto no dia 3 de Abril um show em Sacramento foi terminado depois de 90 minutos quando Duff foi atingido na cabeça pelo que Slash disse à platéia que era ‘uma garrafa de mijo’ mas que o [programa] MTV News depois apurou ser uma garrafa plástica de água. Seja lá o que fosse, nocauteou Duff e ele teve que ser levado a um hospital local. Apesar de ter sido Axl quem anunciou que o show teria que ser parado, foi Slash quem foi ao palco e encarou o público quando ficou claro que Duff teria que receber atenção médica. Explicando a situação, ele pediu que todos fossem embora pacificamente, acrescentando: ‘Não tretem com ninguém, não zoem o prédio’. Por uma vez, ninguém o fez.

Outro show foi cancelado em Abril – essa vez no Omni em Atlanta, na Geórgia – quando Axl percebeu que era o mesmo lugar onde ele tinha sido preso depois de um embate com um segurança na turnê com o Mötley Crüe em 1987. Com Axl ainda tecnicamente sob condicional depois do processo devido ao tumulto em St. Louis dois anos antes, ele disse a Doug Goldenstein para cancelar o show. “Eu não vou ficar dando mole pra Kojak’, Axl diria depois em um comunicado à imprensa. Ele já estava ‘escaldado demais pela experiência. ’

Os incidentes mais dramáticos da turnê dessa vez decorreram do substituto de Izzy Stradlin, Gilby Clarke, que fraturou seu pulso esquerdo em um acidente de moto no dia 29 de abril, enquanto treinava para uma corrida de celebridades organizada pela TJ Martell Foundation para angariar fundos para pesquisas sobre leucemia, câncer e AIDS, o que resultou nos últimos quatros shows do itinerário da banda nos EUA serem cancelados. A ausência de Gilby também ameaçava o planejado retorno da banda à Europa naquele verão para shows em festivais. Mas Axl apareceu com uma solução de última hora. Ele simplesmente ligou para Izzy e pediu que ele fizesse os shows com eles – em caráter estritamente provisório, claro. Mais inesperadamente ainda, Izzy concordou.

“Izzy e eu crescemos juntos e somos como uma família sob vários aspectos – incluindo termos nossas diferenças,” Axl explicou depois. Quando eu o lembrei dessa declaração depois, Izzy simplesmente sorriu e balançou sua cabeça. “Bem, o que mais ele poderia dizer? Eles estavam sem opção alguma e se eu não tivesse concordado em ajudar, eles poderiam ter perdido todo aquele trecho da turnê.

Começando no dia 22 de Maio num local construído especialmente no Hayarkon Park, em Tel Aviv, mais de 40 mil fãs apareceram para o que foi considerado o maior show de música jamais realizado em Israel. No meio do set, a banda tocou uma versão surpreendentemente fiel de ‘Hava Nagila’, debaixo de uma tempestade, assim como comentários da imprensa no dia seguinte a respeito da camiseta com os dizeres ‘Guns N’ Moses’ que Axl vestiu no palco.

De lá, a turnê pegou embalo, e no dia 24 de maio – segundo aniversário da tour – no Estádio Olímpico de Atenas, a supermodelo Claudia Schiffer juntou-se a eles para uma festa no Mercedes Club. No dia 26, eles se apresentaram em Istambul, onde Axl parou o show depois de três músicas para repreender a platéia por disparar fogos de artifício uns contra os outros. “Alguém vai se machucar e a banda será forçada a deixar o estádio,” ele disse a eles. Notavelmente, o público se conteve e o show continuou.

No dia 29 de maio, a banda fez seu primeiro show na Inglaterra em um ano quando encabeçaram a primeira de duas apresentações para mais de 50 mil pessoas no National Bowl em Milton Keynes. Ao fim, depois do bis com ‘Paradise City’, Axl arremessou duas dúzias de rosas vermelhas para a platéia. Para os fãs ingleses, Milton Keynes era também um show de retorno para um dos membros originais. Para Izzy. ‘Foi estranho. Passamos por Israel, Grécia, Istambul, Londres – eu gostei daquele lado da coisa, ver lugares pelos quais nunca tinha passado. ’ Mas isso foi a única coisa que ele gostou. Depois de ele ter saído da banda, ele disse, ele tinha ‘uma caçambada de dinheiro em algum lugar esperando por mim e eles não estavam me pagando. Eu não sei qual foi o lance, algum tipo de detalhe técnico legal, ’ Fundos que, afirma ele, só foram liberados depois que ele aceitou voltar temporariamente. “Dinheiro era uma ferida bem aberta. Eu fiz os shows só pelo salário. O que eu digo é, eu ajudei a fundar essa banda…”

O segundo show, no dia seguinte, teve a chegada de Gilby nos bastidores, junto com sua esposa, que tinham vindo de avião especialmente para a ocasião. Com o ferimento no pulso de Gilby agora curado, esse também era o último show de Izzy com a banda. Para o bis, eles tiveram Ronnie Wood e o ex-vocalista do Hanoi Rocks e chegado de Axl, Mike Monroe. Posteriormente, Izzy disse que saiu sem dar tchau. “Eu na verdade não disse ‘até mais’ porque eles estavam todos chapados. Duff e esses caras, eles nem me reconheceram. Foi realmente bizarro. Era como tocar com zumbis. Ah, cara, era simplesmente horrível. Ninguém estava mais rindo…”

Com Izzy for a, e Gilby de volta, a turnê voltou para a porção continental da Europa, continuando com shows lotados na Áustria, Holanda, Dinamarca, Noruega, Suécia, Suíça, Alemanha, Itália, Espanha, França e Bélgica. No dia 21 de Junho, no meio de um giro de cinco datas pela Alemanha, a banda lançou um pacote de vídeos para consumo doméstico: os auto-explicativos Don’t Cry – Makin’ Fucking Videos Part I e November Rain – Makin’ Fucking Videos Part II.

Não exatamente. Axl, por exemplo, ainda tinha muitos negócios pendentes, a começar no dia 23 de Agosto, com uma audiência no Tribunal Superior de Los Angeles, onde ele testemunhou contra Steven Adler na ação legal do baterista contra o grupo. Repetindo sua afirmação de que ele e a banda ficaram sem escolha a não ser despedir o baterista quando se tornou aparente durante a gravação de ‘Civil War’ na qual Steven não conseguia desempenhar sua função adequadamente por causa de seu vício em heroína – insistindo que ele precisou de mais de 60 takes para conseguir gravar sua parte direito – o juiz ainda decidiu contra Axl, tendo uma visão compreensivelmente sombria do modo áspero e mal conduzido pelo qual um membro fundador da banda tinha sido ejetado dela, privando-o de direitos autorais e de renda num momento onde era bem sabido que o resto deles tinha seu próprio problema de longa data com drogas.

[Continua]Depois do último show em Paris, no dia 13 de julho, a banda voou direto pra Argentina, onde o último show da turnê mundial estava programado para acontecer no Estádio do River Plate, em Buenos Aires, com capacidade para 70 mil pessoas no dia 17 de julho. Apesar de não o saberem, seria também o último show do que restou da banda original. Como se para terminar a turnê de modo que todo mundo, e não somente Axl, estava não – salutarmente acostumado, uma noite antes do show, mais de 50 oficiais de polícia da divisão de narcóticos da cidade arrombaram a suíte de Axl na cobertura, onde ele estava jantando. Após conduzirem uma meticulosa busca por drogas, eles bateram em retirada, sem pedirem desculpas, após não encontrarem nada. “Eles teriam tido mais sorte se tivessem tentado um dos outros quartos,” mandou um membro da equipe. “Naquela época, Axl era o único que não consumia drogas permanentemente.”

Transmitido ao vivo pela TV na Argentina e no Uruguai, pra variar o show na noite seguinte começou pontualmente às 09h30min da noite. O set de 21 músicas começou com ‘Nightrain’ e terminou com ‘ Paradise City’, e por volta da meia-noite a banda já estava de volta no hotel, onde Axl, Slash e os outros permaneceram no bar até as seis da manhã do dia seguinte, Axl no piano de cauda por parte do tempo, brindando os presentes com uma última música.

Quarenta e oito horas depois, eles estavam de volta para onde tinham começado, Los Angeles. Tinha sido a mais longa turnê na história do rock: 192 shows em 27 países, com vendas de ingressos passando os sete milhões de unidades, arrecadando quase US$ 50 milhões de dólares – uma quantia quase nunca antes ouvida para uma única turnê. Nem mesmo os Rolling Stones poderiam esperar fazer esse tipo de dinheiro só com vendas de ingressos até muitos anos carreira adentro. Mesmo o Grateful Dead, que excursionava com sucesso fazia décadas, não poderia esperar fazer mais de US$ 40 milhões tocando ao vivo no começo dos anos 90.

Enquanto isso, os dois volumes de ‘Use Your Illusion’ agora eram platinados sete vezes só nos EUA, com vendas no mundo todo juntando os Illusions, com Appetite e GN’R Lies agora passando de 70 milhões de cópias. Na verdade, Appetite acabaria vendendo mais de metade disso sozinho. Para estabelecer uma comparação, isso é um milhão de discos a mais do que Bob Dylan vendeu em toda sua carreira. Mesmo o Led Zeppelin levou quatro discos para chegar a esse nível. Para o Guns N’ Roses, isso aconteceu imediatamente. Não é de se surpreender que tanto eles como Axl tenham tido tanto problema para se acostumarem com isso.

Slash agora aponta para a turnê de verão de 1992 como o ponto de ruptura no que diz respeito às relações de Axl com o resto da banda. “Em alguma altura durante os shows com o Metallica, eu simplesmente me perdi de Axl,” ele diz. “Eu simplesmente não estava mais onde ele estava. Eu não sabia mais onde eu estava! Steven já tinha saído e daí perder Izzy… e não tínhamos mais controle sobre nada. Tudo estava meio que… fora de controle. Daí, do nada, nós saímos da estrada depois de dois anos e meio excursionando e tudo meio que… parou. Morreu.”

CONTINUA!!!